UTI e Hemodiálise: Vereadores e vereadoras se reúnem com o Conselho Municipal de Saúde
Os parlamentares participaram da primeira reunião do Conselho, após a Conferência Municipal de Saúde, e debateram sobre os desafios enfrentados pela saúde de Barão de Cocais
Publicado em 16/05/2025 14:43 - Atualizado em 16/05/2025 15:13
Na tarde da última quarta-feira (14), os vereadores e vereadoras da Legislatura 2025-2028 participaram ativamente da reunião do Conselho Municipal de Saúde, marcada pelo debate sobre os principais gargalos enfrentados pela saúde pública municipal. Um dos assuntos abordados foi a construção dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a Hemodiálise, pauta abordada pelos parlamentares durante a última Reunião Ordinária realizada pela Câmara.
A Câmara foi representada na reunião pela Comissão de Saúde, composta pelo vice-presidente Paulinho da Ong e pelos vereadores, Jáder - Zé Gotinha e Sérgio Pena. Além dos parlamentares, a secretária Grazi da Papelaria e os vereadores, Dr. Azenclever, Mário Silveira e Rosilene Costa também participaram das discussões. Vereadores e vereadoras demonstraram diferentes preocupações relacionadas ao avanço da saúde de Barão de Cocais e o atendimento oferecido aos cidadãos e cidadãs.
O Poder Legislativo salientou a preocupação com a quantidade de leitos disponíveis para os atendimentos no município, de acordo com os parlamentares, a unidade de saúde que antes contava com cerca de 32 leitos, está funcionando com apenas 09. A preocupação está relacionada à quantidade de atendimentos diários registrados pela UPA, que está atingindo uma média de 300 atendimentos, impulsionados pelas síndromes gripais.
A viabilidade tanto da UTI, quanto da Hemodiálise foram questionadas pelos conselheiros e pelos parlamentares. Atualmente, o município não possui condições estruturais para oferecer nenhum dos dois serviços. No caso da UTI, por exemplo, são necessários 60 leitos para o funcionamento, quantidade não planejada durante o início das obras.
Dos investimentos para a construção da UTI, R$ 600 mil reais foram repassados pela mineradora Vale, e mais R$ 600 mil foi uma contrapartida do município. Em relação às normas técnicas adequadas para a implementação da UTI, de acordo com a secretaria de Saúde, o Governo do Estado não liberou a planta da obra, pois não foram realizadas adequações solicitadas e não houve contato por parte da gestão com o Estado, por cerca de dois anos. Ou seja, todo o processo precisou ser reiniciado.
Vereadores e vereadoras destacaram a importância de investigar os erros durante todo o processo para dar uma resposta à população, com objetivo de esclarecer as incoerências cometidas no andamento das obras. Os devidos questionamentos serão encaminhados formalmente, via Ofício. Vale destacar que a empresa Vale contratou uma auditoria para analisar a situação das unidades hospitalares e a Secretaria de Obras está elaborando um levantamento, com o objetivo de explicar qual a real situação dos leitos de UTI.
A utilização de verbas que eram de Unidades Básicas de Saúde (UBS), licitações realizadas, antes do protocolo de início das obras ser firmado, e outras ações que prejudicam a efetividade da implementação dos serviços de saúde foram amplamente discutidas durante a reunião do Conselho.
Os parlamentares destacaram a importância da atuação do Conselho Municipal de Saúde, pois a entidade é responsável por representar as reais necessidades da população. Para aprofundar a discussão sobre os leitos de UTI, o Conselho Municipal de Saúde marcou uma reunião extraordinária para a próxima segunda-feira (19), às 15h.
Além dos conselheiros, também participaram da reunião alguns servidores da saúde, a diretora administrativa do hospital, Elizete Capanema e o secretário de Saúde Edson Adão dos Santos.
por Assessoria de Comunicação