Desorganização na Saúde: gestão do Mais Saúde é marcada por débitos acumulados e falta de verba
Durante a reunião promovida pela Câmara Municipal, a equipe do Mais Saúde não soube precisar valores, datas de pagamento e nem os investimentos realizados em manutenções no Hospital Municipal de na UPA
Publicado em 22/12/2023 16:05 - Atualizado em 22/12/2023 16:33
O modelo de gestão adotado por Barão de Cocais, para gerenciar o Hospital Municipal Waldemar das Dores e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), veemente criticado pelos vereadores da Legislatura 2021-2024, foi tema de uma reunião realizada na Câmara Municipal na tarde da última quinta-feira (21).
O presidente da Câmara, João Lima, o vice-presidente, Tico Santos, o secretário, Rafael Tcheba, e os vereadores Adriano Santos, Fabrício Preto, Figueiredo, João Resende, Paulinho da Ong e Dr. Washington receberam a equipe do Instituto Mais Saúde e realizaram diversos questionamentos relacionados às pendências deixadas pelo Mais Saúde em Barão de Cocais.
A data prevista para o pagamento correto da rescisão contratual dos colaboradores, as dívidas com fornecedores, os valores investidos pelo Mais Saúde nas manutenções dos espaços, a falta de pagamento dos médicos, o resultado da auditoria, o pagamento do piso da enfermagem e o possível retorno do Mais Saúde para Barão de Cocais, foram alguns dos temas debatidos durante o encontro.
Os parlamentares destacaram a falta de respeito do Instituto, com Barão de Cocais e, lembraram que 34% do total do orçamento do município é direcionado para a Saúde. Já a equipe do Mais Saúde, que recebia mais de R$ 1 milhão de reais do município em contrato e aditivos, afirmou que o Instituto não possui fins lucrativos e não atua na saúde visando o lucro.
Além de não precisar nenhuma informação concreta, a equipe também não soube afirmar quais são os débitos existentes entre o Poder Executivo e o Mais Saúde, porém mencionaram que durante os últimos anos houve a falta de ajustes no contrato.
Os vereadores também mencionaram a omissão do Poder Executivo, com a falta de transparência durante o período de transição no Hospital e na UPA. A falta de reuniões com os funcionários, a Prefeitura Municipal e o Instituto culpabilizando um ao outro, também foram exemplos utilizados pelos parlamentares.
Os parlamentares salientaram que dar explicações aos trabalhadores e à população cocaiense foi um dos motivos para realizar a reunião com o Mais Saúde. Para o Poder Legislativo o modelo de gestão realizado pelas Organizações Sociais, como o Mais Saúde, colaboram na precarização do atendimento e não garante que esses mesmos problemas não possam se repetir.
A falta de planejamento do Instituto Mais Saúde para encerrar sua gestão corretamente, após cinco anos de contrato com o município, também foi destacada na reunião. Os vereadores afirmaram que o Instituto não respeita os colaboradores que terão que encerrar o ano com incertezas.
Representaram o Instituto Mais Saúde a ex-colaboradora, Djanira Borges, o diretor jurídico Yuri Vasconcelos, e o diretor de operações Agnaldo Sampietre. A equipe afirmou que somente entre os dias 16 e 18 de janeiro de 2024 irão publicar que realmente será pago e os prazos.
por Assessoria de Comunicação