Conheça a história do jornalista cocaiense J. D. Vital, membro da Academia Mineira de Letras
Além de trabalhar em diferentes jornais brasileiros, Vital também passou pelo seminário e traz referências da fé católica em suas obras literárias
Publicado em 29/07/2022 14:23 - Atualizado em 29/07/2022 14:41
“Eu sou um homem de fé, eu nasci em uma família católica, fui batizado em Barão de Cocais, estudei em seminário e mantenho a fé”, são com essas palavras que o jornalista cocaiense J. D. Vital descreve a sua relação com a fé, atualmente. Nascido em Barão de Cocais, em 1947, filho do operário Raimundo Vital e de Lucila Maria Vital, mais conhecida como dona Lulu, cresceu nas Três Bicas, local descrito por ele como uma grande família.
Ao citar Barão de Cocais, Vital reforça que quando as pessoas de fora chegam na cidade, elas se deslumbram com o carinho, a amizade e o acolhimento que Barão oferece. São esses motivos que deixam Vital grato, por ter nascido e crescido em aqui, e consequentemente poder desfrutar de tudo isso.
De uma generosidade gigantesca, ao receber a equipe da Câmara Municipal em sua casa, Vital citou inúmeros nomes de amigos, ex-professoras e personalidades negras que fazem parte da história cocaiense, como o maestro Iolando dos Santos e o delegado Raimundo Furtado. Além disso, em meio à busca por lembranças, Vital reforçou ainda que, grande parte dessa história também pode ser narrada pelo jornalista Leonel Marques.
Inspirado pelo irmão mais velho, foi seminarista e demonstrou sua gratidão pelo apoio de Monsenhor Gerardo Magela Pereira, seu padrinho de crisma. Segundo Vital, ao sair do seminário, os ex-seminaristas tinham duas opções: ministrar aulas ou seguir carreira no jornalismo. Após lecionar em alguns colégios, Vital passou pelas redações do Diário de Minas e na sucursal do Estadão. Em 1982, chefiou a campanha dos candidatos ao Governo de Minas, Tancredo Neves e Hélio Garcia, e após a vitória chefiou a Assessoria de Imprensa e Relações Públicas.
Após sua passagem pelo governo, tornou-se gerente de Comunicação e chefe do escritório da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), em Belo Horizonte. Viajou por vários países e é possível afirmar que as referências católicas absorvidas em localidades como Roma, inspiraram a sua trajetória literária. “A revoada dos anjos de Minas” e “Como se faz um bispo, segundo o alto e o baixo clero” são alguns dos livros escritos por ele. Durante a conversa, ao relatar o processo de construção do segundo livro, relembra que a pesquisa durou cerca de dez anos e acredita que não existe uma resposta concreta que revele a escolha de um bispo.
Membro da Academia Marianense de Letras, em 2021, Vital também foi eleito para a Academia Mineira de Letras. O feito foi reconhecido pelo Poder Legislativo, por meio de uma Moção de Congratulações. Formado em Filosofia e em Comunicação Social pela UFMG, Vital é casado com Elmás da Silva Sírio Vital, e sua família é composta por quatro filhos e quatro netos.
Se pudéssemos escolher uma trilha sonora para embalar a nossa entrevista, com certeza ela teria que ser executada pela Banda de Música Santa Cecília. A banda está presente na memória de Vital, desde que ele ainda menino segurava a partitura para o seu pai tocar Tuba, até quando posteriormente ele se tornara presidente dela.
Confira no vídeo a trajetória desse cocaiense, que também carrega consigo, um pouco da história de Barão de Cocais!
por Assessoria de Comunicação